Mudras: o que são e como funcionam

É bem comum as aulas de yoga começarem em Anjali Mudra, em que unimos as mãos no centro do peito como forma de relembrar que nossa prática é uma oração e oferta ao nosso ser. Simbolicamente, esse gesto também representa a união da consciência individual e da consciência universal, nos colocando em conexão com todos os seres. Provavelmente você já percebeu um impacto positivo na sua mente e no seu coração ao realizar esse gesto com intenção.

Mudras, que literalmente significam "selos"ou "gestos" e que quando realizados com as mãos são conhecidos como hasta mudras são utilizados em diferentes tradições como forma de conexão com o divino. Eles movimentam nosso prana (energia) de forma específica para promover mudanças físicas, mentais e emocionais.

Como já falamos em um outro post, o yoga propõe que a realidade é composta de cinco elementos conhecidos como tattvas: espaço, ar, fogo, água e terra. Os mudras são uma das ferramentas que harmonizam nossos tattvas internos já que, segundo o Ayurveda, cada dedo das nossas mãos se conecta e equilibra um tattva diferente:

Cada mudra cria um circuito energético diferente que estimula nossos tattvas de uma maneira única.

Olhando de uma forma mais científica, nossas mãos e dedos são ricos em terminações nervosas e muito sensíveis ao toque e ao movimento. Ao aplicarmos uma pressão suave em pontos variados como fazemos nos mudras, estimulamos partes específicas do nosso cérebro que nos levam a diferentes associações. Dessa forma, as sensações e estímulos que recebemos em nossas mãos podem impactar a forma que pensamos e sentimos, dando significado aos gestos que nossas mãos e dedos formam.

É importante lembrar que a prática de mudras é sutil e requer consistência para reconhecermos seus efeitos com mais clareza. Eu gosto muito de incluir mudras nas minhas meditações. E você, já experimentou mudras nas suas práticas?